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Aprenda sobre Emoções com o Filme Divertida Mente

Mais uma sessão de filme está prestes a começar por aqui e, desta vez, escolhemos um desenho. O que você está sentindo agora, ao descobrir que vamos falar sobre um desenho animado: Alegria, Tristeza, Nojinho, Raiva ou Medo? Parece bobo pensar que esta pergunta possa ter te causado algum desses sentimentos, mas estes são os nomes das personagens principais do filme.

Costumamos achar que desenho é coisa de criança, mas, sempre ao final do filme, há um comentário do tipo: nem é tão exclusivo para crianças assim. Já ouviu ou comentou algo parecido? O filme Divertida mente, em específico, é completamente lúdico, muito lindo e suave, ao explicar o funcionamento da nossa mente: alguma criança realmente entenderia isso? O filme Divertida mente.

Através dele, conhecemos os sonhos, o subconsciente, as memórias de base e muitos outros personagens e aspectos da mente humana, que passam uma mensagem para as crianças, mas, para nós, adultos, chega a ser didático. É lindinho demais.

Lançado em 2015, este desenho fez um sucesso instantâneo entre pessoas de todas as idades por mostrar a importância em nossa vida de sentimentos negativos, como a tristeza e a raiva, por exemplo. O filme se passa em dois cenários distintos: o primeiro, dentro da cabeça de Riley, uma menina de 11 anos, onde está localizado o headquarter de sua mente, o centro de comando, gerido por Alegria, Tristeza, Nojinho, Medo e Raiva; e, o segundo cenário, é a própria vida da menina, em ambientes e situações da vida real, ou seja, em casa, no colégio, com a família e os amigos.

A alegria resiste em aceitar a ajuda da Tristeza.

A líder do comando é, sem dúvidas, a Alegria, que resiste em aceitar a ajuda dos outros sentimentos, especialmente da Tristeza, pois deseja para a vida de Riley, sempre e somente, a felicidade. Mas as coisas começam a se transformar quando a menina e sua família mudam de cidade e ela precisa lidar com a saudade dos amigos, a mudança de colégio e até de coisas simples, como a alimentação.

Falando assim, tenho certeza que todos concordariam: há muito espaço para o Medo, Raiva, Nojinho e, claramente, para a Tristeza, certo? Afinal, todos têm um papel fundamental na saúde mental de nós, seres humanos. Mas a Alegria é teimosa, a ponto de excluir a Tristeza em muitas passagens do filme. Assim, toda a trama vai acontecendo para que a Alegria, primeiramente, e, depois, para Riley e nós, os espectadores, consigamos aprender a valorizar os sentimentos e aspectos mais sombrios da nossa mente.

Isso - ainda bem - é assunto tão comentado, ultimamente, a ponto de livros como “A sutil arte de ligar o fod*-se” virarem best-sellers (Inclusive tem texto sobre ele aqui.)

Na orelha do livro, é possível ler: “Chega de se sentir inferior por não ver o lado bom de estar no fundo do poço. Coaching, autoajuda, desenvolvimento pessoal, mentalização positiva — sem querer desprezar o valor de nada disso, a grande verdade é que às vezes nos sentimos quase sufocados diante da pressão infinita por parecermos otimistas o tempo todo”.

O que você pensa deste assunto? Já parou para pensar na importância de sentir medo, raiva, nojinho e, principalmente, tristeza? Para que nossa mente seja saudável, é importante abraçar e sentir cada um destes sentimentos, evitando evitá-los, combinado?

Agora queremos saber: a Alegria conseguiu se mesclar com a Tristeza e, enquanto vocês assistiam ao filme, algumas lágrimas de emoção rolaram pelo seu rosto? Lembrando que o filme acaba de ser incluído no cardápio da Netflix, o que o torna muito mais acessível. Assiste lá e volta aqui para compartilhar a sua impressão. Do lado de cá, ficaríamos extremamente alegres.

Texto: Julia Stano De Luca